domingo, 23 de setembro de 2012

STF E AS VASSOURAS DE DEMÓSTENES

Essa coisa de tratar o voto como ato de ofício, é uma forma absurda de controle do Parlamentar.

Imagina que, doravante, o parlamentar terá que se preocupar com a forma que vai votar em um projeto ou emenda porque, do contrário, pode haver o entendimento de que seu voto está a serviço de qualquer um ou qualquer coisa.

Dessa forma, as composições, o trabalho das lideranças, perdem o sentido; a própria política perde a essência.

O ministro relator não aceita coligações e alianças com entre partidos de bases ideológicas diferentes mas ao mesmo tempo, sequer reconhece que existam ideologias.

Baseado nisso, entende que votos individuais, orientados ou não pelas lideranças partidárias, caso estejam em desacordo com a linha ideológica dos partidos, são passíveis de desconfiança não do eleitor mas da Corte.

Já aprovamos a tal da lei que dá ao Judiciário o poder de decidir quem pode ser candidato nas eleições e, agora, estamos dando a esse mesmo poder, o direito de patrulhar as votações dentro do Congresso Nacional.

Aos poucos o Judiciário está assumindo o controle total, do processo eleitoral e legislativo com ajuda do "Poder Midiático".

Hoje o Escrevinhador, veiculou a íntegra do AI-5 e vale a pena dar uma olhada. Não vamos ser ingênuos a ponto de achar que, logo o Poder Judiciário, achou de acabar com a corrupção no Brasil e menos ainda com a colaboração do midiático, os dois poderes que mais lucram com a corrupção, aliás, vivem dela.

Até entendo que existam pessoas de boa-fé, como as que marcharam com as vassouras do Demóstenes, que acreditam mesmo que o judiciário está muito empenhado em "passar o Brasil a limpo" mas muitos estão se valendo desse julgamento para livrar-se de desafetos políticos e posando de moralistas.
  Por Cristiana Castro

Nenhum comentário:

Postar um comentário