Os Fatos Não Batem Com As Fotos.

Os Fatos Não Batem Com As Fotos. Se compararmos as últimas pesquisas feitas sobre a popularidade do ex-Presidente Lula e da atual Presidenta Dilma na opinião de noticiários e de articulistas nas TVs, rádios e jornais de todo Brasil, constataremos uma profunda discrepância entre as críticas da elite e o que pensa a maioria do povo brasileiro. Não há nenhuma sintonia, ao contrário, entre a percepção do noticiário da mídia nacional e a sociedade. O que há, claramente, é uma ruptura. Não é que o PT e o governo não tenham cometido erros ou não existiam políticas públicas equivocadas e problemas sociais e econômicos não resolvidos. 

Afirmar isso seria uma falta de bom-senso, já que o Brasil é um país ainda com enormes e complexos problemas, mas a maioria da sociedade tem maturidade e compreende que governos como os de Lula e Dilma, e nas condições brasileiras, fizeram, e continuam fazendo o que a oposição não fez em centenas de anos. É preciso reconhecer que o combate à pobreza, a geração de empregos, a retomada do desenvolvimento econômico, os programas sociais - como o Luz Para Todos e o Bolsa Família -, o PAC, a inclusão social, a abertura do leque de parceiros internacionais e a integração sul-americana são políticas e projetos já reconhecidos e aprovados pela população, mas também são, e este é o fundamento de tudo, diametralmente opostos aos projetos e políticas da oposição. O principal problema da oposição está em não reconhecer esse cenário.

 Por isso, na falta de melhor argumento, tenta desidratar ideologicamente o governo e punir seus mais conhecidos militantes, quando está mais do que evidente que o eleitorado confirmou, em 2006, uma opção de centro-esquerda, reelegendo Lula, reafirmada em 2010, com a eleição de Dilma. . Ou seja, cabe à oposição fazer oposição democrática e construir sua própria opção de centro-direita. O que identificamos hoje na oposição e nos movimentos que articula desde fevereiro de 2004, é certa tendência ao rompimento do pacto democrático construído na Constituinte de 1988. Porque? Pelo seu comportamento nos episódios Waldomiro Diniz e escândalo do mensalão. 

Seus líderes, no lugar de investigar, preferiram, à falta de provas, a denúncia fácil e os holofotes da mídia. Preocupante se torna então o que vem acontecendo no STF, cujos juízes parecem ter jogado fora a Constituição Federal e produzem um julgamento político sem precedentes, aos réus do chamado mensalão, seguindo os tais holofotes midiáticos alugados pela oposição. E o fazem s.m.j. ignorando denúncias muito mais graves que recaem sobre a própria oposição que os alimenta. Faz parte do jogo democrático a oposição buscar apoio nas ruas ou mesmo na internet, através das redes sociais. São mais do que legítimos movimentos, como vimos na mídia, na época do Lula, “Eu quero vaiar o Lula” ou “Movimento cívico pelo direito dos brasileiros”, mais conhecido como “Cansei” e mais recentemente movimentos anti corrupção, como o Brasil Corrupts ou o Dia do Basta.

 É necessário apenas ter atenção, caso sejam movimentos artificiais, sem apoio popular. Não faz parte do jogo democrático tentar tirar do cenário político seus adversários com golpes midiáticos ou judiciais ao invés de disputar com seus projetos a aprovação popular. Porque, sem apoio popular, as tentativas de impeachment, a negação pura e simples do governo, o desrespeito diário e permanente à instituição da presidência e condenações sem provas em tribunais comprometidos, poderão vir a cobrar um alto preço à estabilidade democrática. Não há, ainda, ameaças à estabilidade democrática. O problema central é que os fatos não batem com as fotos, a realidade do país é diferente da foto apresentada por boa parte da mídia e oposição. 

E mesmo quando a foto reflete problemas reais que requerem atenção, correção de rumo e atuação mais eficiente do Executivo, o ímpeto de atingir o governo e negar sua legitimidade e legalidade é tão intenso que, intencionalmente, tiram a foto de foco. As fotos, diferentes dos fatos, não impressionam a maioria da população brasileira, que sabe o que já conquistou nos governos Lula e Dilma e sabe o que ainda falta conquistar. Ela quer o desenvolvimento econômico e social do país e a distribuição de seus frutos. É para isso que esses brasileiros confirmam o PT e seus aliados no governo. Estes são os fatos.