segunda-feira, 15 de julho de 2013

RELAÇÕES ESCANDALOSAS: Empresa investigada por receber R$ 2,5 milhões de Marcos Valério contratou filho de Joaquim Barbosa

 Por Helena Sthephanowitz                                                                                                                                                
                                                                                                                                                   
                                         
O grupo Tom Brasil contratou Felipe Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para assessor de Imprensa na casa de shows Vivo Rio, em 2010. Até  poucos dias atrás, antes de ele ir trabalhar na TV Globo com Luciano Huck, Felipe ainda era funcionário da Tom Brasil.
Nada demais, não fosse um forte inconveniente: a Tom Brasil é investigada no inquérito 2474/STF, derivado do chamado "mensalão", e o relator é seu pai Joaquim Barbosa. Este inquérito, aberto para investigar fontes de financiamento do chamado "mensalão", identificou pagamento da DNA propaganda, de Marcos Valério, para a Casa Tom Brasil, com recursos da Visanet, no valor de R$ 2,5 milhões. E quem autorizou este pagamento foi Cláudio de Castro Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco do Brasil, desde o governo FHC. Estranhamente não foi denunciado na AP-470 (chamado "mensalão") junto com Henrique Pizzolato.
Outra curiosidade é que um dos sócios do grupo Tom Brasil, Gladston Tedesco, foi indiciado na Operação Satiagraha, sob a acusação de evasão de divisas como cotista do Opportunity Fund no exterior, situação vedada a residentes no Brasil. Ele negou ao jornal Folha de S. Paulo que tenha feito aplicações no referido fundo.
Tedesco foi diretor da Eletropaulo quando era estatal em governos tucanos, e respondeu (ou responde) a processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
Pode ser só que o mundo seja pequeno, e tudo não passe de coincidência, ou seja lobismo de empresários que cortejam o poder, embora o ministro Joaquim Barbosa deveria ter se atentado para essa coincidência inconveniente, dada a sua dedicação ao inquérito. Entretanto, não custa lembrar que se o ministro, em vez de juiz, fosse um quadro de partido político, o quanto essa relação poderia lhe causar complicações para provar sua inocência, caso enfrentasse um juiz como ele, que tratou fatos dúbios como se fossem certezas absolutas na Ação Penal 470. Também é bom lembrar que o ministro Joaquim Barbosa já declarou que não tem pressa para julgar o mensalão tucano, no qual Marcos Valério é acusado de repassar grande somas em dinheiro para a campanha eleitoral dos tucanos Eduardo Azeredo e Aécio Neves.

domingo, 14 de julho de 2013

ENTENDENDO O FUNDO DE INCENTIVO VISANET!

A VISA INTERNACIONAL, A CBMP/VISANET, O FUNDO DE INCENTIVO VISANET A CBMP/VISANETPOST 1
A empresa multinacional americana - Visa Internacional -,operadora de cartões com marca Visa,   no ano de 1995, convidou 25 bancos brasileiros para criarem juntos uma empresa chamada Companhia Brasileira de Meios de Pagamento - CBMP -, que ficou conhecida por VISANET. Objetivo: unificar a administração e operacionalização dos cartões de crédito, de marca Visa, no Brasil. Os bancos não teriam mais custos para afiliar estabelecimentos comercias e distribuir as “maquininhas” de leitura dos cartões. A Visa Internacional entrou com o dinheiro (custos operacionais), os bancos entraram com sua carteira de clientes (consumidores). Para incentivar a parceria, cada banco associado recebeu, da Visa International, uma porcentagem de participação na CBMP/Visanet, conforme seu tamanho (número de clientes) para distribuição de lucros futuros. Os bancos não gastaram um único centavo para concretizar esta parceria; o compromisso era aumentar a venda de cartões com a marca Visa e, assim, todos lucrarem mais. (Programa de parceria Visa - Documento de Compromisso Ap 419) 1 VISA
 Os 25 bancos brasileiros NUNCA aportaram dinheiro/recursos para associaram-se à CBMP/Visanet.A participação e permanência dos bancos na CBMP/Visanet SEMPRE foi condicionada ao cumprimento de compromissos estabelecidos pela empresa multinacional americana Visa Internacional.
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O FUNDO DE INCENTIVO VISANET
Em 2001, a CBMP/Visanet, decidiu criar um fundo. Separou uma pequena quantia sobre os ganhos com os cartões para ser utilizado exclusivamente para divulgação - propaganda - da marca Visa. A Visanet, composta por vários bancos concorrentes entre si,  decidiu que não faria, ela própria, as campanhas publicitárias. Isto ficaria a cargo de cada banco. A CBMP/Visanet aprovou um regulamento, estabelecendo as regras para utilização do dinheiro do fundo. O Regulamento do Fundo de Incentivo Visanet estabeleceu que a origem e propriedade dos recursos sempre pertenceriam à Visanet.
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Cada banco decidia se utilizaria ou não o dinheiro do fundo. Ao concordar em utilizá-lo, os bancos estariam sujeitos às regras do regulamento.Se decidissem não utilizá-lo perderiam o direito sobre o mesmo: o valor permaneceria no fundo e poderia ser ou não redistribuído novamente para os outros bancos.
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Todas as decisões eram tomadas pelas instâncias diretivas da Visanet: o valor destinado ao fundo, a aprovação das propostas de ações de marketing, a fiscalização da efetiva realização das mesmas, o pagamento às agências de publicidade e fornecedores.
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Os recursos do fundo sempre estiveram em poder da CBMP/Visanet, em conta bancária em nome da empresa. Os bancos associados não dispunham livremente sobre este dinheiro. O dinheiro do fundo nunca pertenceu a nenhum banco, muito menos ao Banco do Brasil; o dinheiro pertencia à empresa privada CBMP/Visanet. (Regulamento Fundo Visanet Apenso 356 fls 9648 a 9640) 2 VISA
Por que é importante entender isto?
 1. A Visanet é uma empresa privada que decidiu disponibilizar dinheiro para que os bancos fizessem propaganda de sua marca - Visa.
2. O dinheiro é da Visanet, portanto, o dinheiro nunca pertenceu a nenhum banco.
3. O dinheiro da Visanet nunca pertenceu ao Banco do Brasil, portanto o dinheiro NÃO É PÚBLICO.
Por Alexandre Teixeira

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mensalão da Globo: primeiras páginas da “bomba atômica”

Mensalão da Globo: primeiras páginas da “bomba atômica”


Como o Cafezinho está meio instável, em função do volume monstro de visitas, e como o Fernando Brito é parceiro, publico aqui também este novo furo jornalístico. O importante é divulgar! O post original é este.
O Cafezinho obteve as primeiras páginas da “bomba atômica”. É apenas um aperitivo do que vem por aí. São cinco novas páginas agregadas às 12 páginas que já divulgamos.
Insistimos com o detentor dos documentos que liberasse logo tudo, mas ele prefere soltar aos poucos. Nos documentos vazados agora, aparecem alguns novos nomes usados pela Globo para realizar a fraude detectada pela Receita Federal nas Ilhas Virgens Britânicas. Um deles, na página 16 do Slideshare abaixo, aparece Globo Overseas Investment.
O relatório completo, ainda a ser divulgado, contém tudo.
Com estes nomes, será possível ao Ministério Público e, sobretudo, ao jornalismo investigativo brasileiro, se é que ele existe, ir atrás de mais informações.
Temos feito a nossa parte, sem equipe, trabalhando no conteúdo, nas redes sociais, na diagramação, resolvendo problemas de provedor. Nessas horas a gente vê a degradação moral provocada pelo monopólio. Todos têm medo da Globo, visto que ela, por deter quase um monopólio (e figurar na cabeça de um oligopólio), responde pela maior parte dos empregos bem pagos na área de jornalismo, e pode prejudicar a carreira de um político. A Globo tornou-se uma espécie de Cosa Nostra midiática.
O medo, todavia, tem alguma razão de ser. Esses documentos, vazados agora, já motivaram alguns assassinatos. Não assassinatos de reputação. Assassinatos de verdade. O auditor que detêm a íntegra deles, por isso mesmo, permanece em lugar secreto, e espalhou cópias do relatório em vários lugares, para, se no caso de sofrer um atentado, o mesmo não se perca.
PS: Aproveito para deixar aqui um convite a todos para participar de um ato, em frente ao Ministério Público, para cobrar uma investigação sobre o caso. O texto é do pessoal do Megacidadania.
DIA 10/07 TODOS NA PORTA DO MPF
Fato é que o MPF tem a obrigação de esclarecer a sociedade brasileira. É por este motivo que iremos EM GRANDE NÚMERO, no dia 10/07, às 11:00h, na Av. Nilo Peçanha, 31, Centro – RJ, que é a sede do MPF na cidade do Rio de Janeiro.
Será igual como fizemos no OCUPE a Rede Globo do dia 03/07 que transcorreu dentro da normalidade democrática.
Especializado em “vazar” documentos para a velha mídia, o MPF/PGR, ouvirá o nosso brado retumbante: EXIGIMOS TRANSPARÊNCIA. CPI da GLOBO JÁ !
Convide seus amig@s, o link para confirmação é https://www.facebook.com/events/474173136005650
Fontes: Por: Miguel do Rosário em O Cafezinho e Tijolaço