terça-feira, 11 de setembro de 2012

GUIA PARA CONDENAR DIRCEU POLITICAMENTE


O Conversa Afiada duvida que o Supremo – com ou sem Peluso – condene Dirceu.

Paulo Henrique Amorim
 


Para ajudar a prender o Dirceu, desmoralizar o Lula e derrubar a Dilma, o ansioso blogueiro se propõe a oferecer ao PiG (e à elite que nele se expressa) um “Guia para Condenar o Dirceu”:

– Ignore que, na Casa Civil, o Dirceu recebeu o Banco Rural e representantes de praticamente TODOS os bancos e grandes grupos empresariais.

– Como fazia o Pedro Parente no Governo Fernando Henrique, ou o Aloysio 300 mil, no Governo Cerra, em São Paulo.

– Ignore que agenda do Chefe da Casa Civil da Presidência é pública e as do Dirceu estão nos autos.

– Ignore que Marcos Valério foi à Casa Civil levado pela dona do Banco Rural. Dirceu não lhe deu audiência, mas a ela, que levou Valério.

– Ignore que a Katia Rabello não era sócia do Mercantil de Pernambuco, como diz o Estadão, mas tinha uma de um milhão e meio de pendencias que há contra o Mercantil, o Econômico e o Nacional, ainda não inteiramente solucionadas.


– Ignore que o tema das liquidações de bancos não é com a Casa Civil e que Dirceu encaminhou a demanda a outra seção do Governo.

– Ignore que Dirceu não se “reuniu” com Kátia e Marcos Valério no hotel Ouro Branco, em Belo Horizonte, mas os recebeu durante um almoço, sem que fizessem parte desse almoço.

– Ignore que não há nenhuma prova, nenhuma testemunha que diga que o Dirceu faz parte do “grupo criminoso”.

– Ignore que não há um único documento assinado pelo Dirceu que o incrimine.

– A mulher do Valério diz que o marido conversava com Dirceu, mas Valério nega – e isso está nos autos.

– Quem falou em mensalão e o associou ao Dirceu foi o co-réu Thomas Jefferson, que, agora, nega o mensalão, absolve Dirceu e diz que a culpa toda é do Lula.

– Ignore que, até agora, o Supremo não tratou da acusação central do “mensalão”: pagamento mensal, repetitivo, a parlamentares para votar nos projetos do Lula.

– Ignore que não há nenhum vínculo entre um “mensalão” a parlamentares e o José Dirceu.

– Assim como convém ignorar que o dinheiro da Visanet NÃO é dinheiro público.

– Ignore as provas.

– Deduza.

– Presuma.

– Aceite provas tênues.

– Ignore que a única reforma política que o Congresso analisa, no momento, é de autoria de um deputado do PT, Henrique Fontana.

– Ignore que Fontana propõe o financiamento público das campanhas, tese que já foi de Fernando Henrique, mas, que, hoje, o PSDB e o PMDB combatem.

Um comentário:

  1. Ah, mas assim fica fácil demais, né não? Metade das dicas eles já tão seguindo... tu entrega a outra metade... Pobre Zé!

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