sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ZÉ DIRCEU APOIA HADDAD 13!!!

26 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 12:37 247 - 
O ex-ministro, ex-presidente do PT e articulista de 247 acaba de enviar, para a nossa redação, artigo em que pede o voto para o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. 

 Pelas circunstâncias políticas que envolvem a manifestação, a pouco mais de 48 horas do segundo turno das eleições e no momento em que o Supremo Tribunal Federal acaba de condená-lo pelas acusações constantes na Ação Penal 470, consideramos relevante ampliar, pela expressão, a dimensão de destaque do artigo, normalmente publicado na coluna permanente dos articulistas. Uma decisão eminentemente jornalística. Abaixo, o artigo: São Paulo quer mudança José Dirceu A poucos dias do segundo turno para as eleições municipais, paira sobre a maior cidade do país um firme desejo de mudança.

 Desejo apontado nas recentes pesquisas que apontam para a liderança de Fernando Haddad (PT) na disputa eleitoral que se encerra no próximo domingo (28/10). Sem dúvida nenhuma, Haddad tem todo o mérito que pode ser atribuído a alguém que, pouco conhecido no início da campanha, cresceu extraordinariamente, chegando ao segundo turno depois de ultrapassar quem liderou a disputa pela maior parte do tempo no primeiro turno, o candidato Celso Russomanno (PRB). 


 O crescimento da aceitação a Haddad decorre de alguns fatores. Primeiro, ele foi o único a apresentar um plano de governo com propostas articuladas para todos os problemas da cidade e intenção de esforço concentrado para promover o desenvolvimento urbano e atender as áreas mais críticas —Saúde, Educação e mobilidade urbana— e a demonstrar interesse em centrar o debate exatamente nessas questões. Segundo, o candidato do PT tem histórico de gestor competente e o reconhecimento de sua atuação como ministro da Educação dos governos de Lula e Dilma Rousseff —o melhor ministro da Educação que o Brasil já teve. 

 As qualidades de Haddad e de sua campanha propositiva, bem como o fato de ele representar nessas eleições o projeto que está transformando o Brasil e melhorando a vida de milhões de pessoas, são inegáveis para a conquista que significou sua passagem para o segundo turno e que, certamente, lhe darão a vitória dia 28 de outubro. O desejo de mudança dos paulistanos, que não suportam mais os efeitos das gestões demotucanas em São Paulo, vai ao encontro de um candidato que representa o novo não por ser mais jovem ou uma nova liderança, mas pelo seu jeito novo de atuar na política.

 E se, por um lado, a necessidade de renovação dos eleitores paulistanos pode muito bem ser acolhida por aquilo que Haddad representa, por outro, não consegue, de forma alguma, se identificar com a candidatura de José Serra (PSDB). E não é por acaso. Os paulistanos já entenderam que os graves problemas por que a cidade passa procedem dos desmandos cometidos pelo atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), que Serra lhes deixou de “herança”, ao descumprir sem qualquer cerimônia a promessa que havia feito de ficar quatro anos à frente da Prefeitura de São Paulo. Esse é um dos motivos de a rejeição a Serra, 52% segundo a última pesquisa do Datafolha, ser pior até que a de Kassab.

 Mas, além disso, ao apresentar uma São Paulo da fantasia no discurso e na propaganda na TV, onde tudo funciona bem, Serra ofende a inteligência dos paulistanos que, diariamente, sofrem com a violência, com o tempo que lhes é roubado pela má qualidade dos transportes públicos, com o atendimento precário nos hospitais da cidade e com tantos outros problemas que se poderia enumerar. Ofende principalmente os moradores da periferia, para os quais a atual gestão virou as costas, privando-os de oportunidades, de serviços básicos, de diálogo. Ofende também todas as vítimas de uma política nitidamente higienista, autoritária, que chegou à truculência de proibir ações de caridade para os mais necessitados. 

 Serra ofende a capacidade de discernimento dos paulistanos quando finge que os problemas não existem e quando se recusa arrogantemente a responder sobre questões que afligem a todos, desrespeitando jornalistas e quem quer que se interponha nessa sua cruzada contra si mesmo, afinal, suas estratégias se revelam, uma a uma, “tiros no pé”. Ofende ainda ao empreender uma campanha de tom moralista e falacioso, obscurantista, orientada muito mais pelos ataques que desfere contra Haddad e o PT, do que pelas propostas que poderiam ajudar São Paulo a ser uma cidade melhor. Serra ofende e sepulta suas pretensões quando se recusa a discutir a administração pública, as suas próprias administrações e as de Kassab, seguindo de olhos cerrados para os anseios dos cidadãos de São Paulo, em sua sanha não de ser um bom prefeito e de melhorar a vida das pessoas, mas apenas de se eleger.

 O que São Paulo mais quer agora é mudar, renovar, melhorar. E para isso precisa de um prefeito que possa acolher e estimular as suas maiores vocações: a diversidade e o crescimento. São Paulo e seus habitantes precisam de planejamento não só para ter Saúde, Educação, Segurança, Transporte, Habitação e toda infraestrutura de qualidade, mas também Esporte, Lazer, Cultura, proteção social, participação popular, políticas para os jovens e ações efetivas em defesa do meio ambiente. A cidade mais pulsante da nação precisa de uma gestão comprometida com todos, onde predomine o interesse de sua enorme e heterogênea população e não mais o de poderosos grupos econômicos. Se confirmarem sua opção por Haddad, os paulistanos reforçarão o desejo de viver em uma cidade mais solidária, em que o progresso possa chegar a todos indistintamente e ser compartilhado. São Paulo quer mudança. José Dirceu, 66, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT

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