sexta-feira, 5 de outubro de 2012
RELEMBRANDO O PASSADO PARA ENTENDER O MOMENTO ATUAL
Na Ditadura Militar se perseguiu, prendeu e torturou políticos, estudantes, intelectuais, operários, artistas, cidadãos que fossem considerados inimigos do regime apoiado por setores da Igreja Católica e sob o patrocínio dos USA, tendo a CIA, segundo algumas fontes, recrutando líderes nazistas para implantar as ditaduras militares na América do Sul, o que se confirma pela presenças deles nos países onde houve Golpes Militares. As técnicas nazistas de tortura, perseguição e prisão foram adotadas também no Brasil, implantando no cidadão comum o medo do comunismo, da perda da propriedade e da liberdade. O Regime Militar se mostrou cruel e impôs pela força e pelo medo o silêncio na sociedade.
Os anos de chumbo provocaram em nossa sociedade diversas manifestações tanto de resistência quanto de conivência, principalmente na cultura brasileira. O silêncio imposto a partir da censura transformou as manifestações culturais em centro importante do questionamento do sistema e esse período talvez tenha sido o mais engajado e elaborado da nossa história.
Muitos companheiros tombaram pelas mãos dos militares, muitos mortos e outros tantos desaparecidos.
Alguns sobreviveram e se tornaram nos líderes de esquerda que temos hoje no país.
Dentre esses líderes estão José Dirceu e José Genoíno. Os brasileiros devem a eles a liberdade que temos hoje.
A história de vida e política deles nos faz refletir o que levou a direita a tentar um golpe para produzir o Impeachment do Presidente Lula
Quando maculam nossos quadros mais importantes do nosso partido, é importante que se faça a leitura do papel da direita e da mídia que apoiou o golpe de 64 no tocante à Ação Penal que está em votação no plenário do STF.
É preciso lembrar que eles são defensores da Reforma Política com financiamento público de campanha, o que ofende os interesses corporativos de empresários sem escrúpulos e da imprensa comercial que vem massacrando sistematicamente nossos líderes, rasgando assim importante página da nossa história.
Os nossos companheiros estão sendo julgados por diversos fatores, a começar pelas Reformas Estruturais ainda não implantadas em nosso país, as quais eles tentaram fazer e esbarraram em tais interesses por parte dos neoliberais que comandavam o país.
A mídia comercial foi afetada pela redistribuição da propaganda governamental que só beneficiava alguns setores.
Os interesses da mídia comercial foram contrariados e eles, com apoio e muitas vezes em conluio com setores conservadores de direita, defensores do neoliberalismo a qualquer preço, começaram junto com parlamentares inescrupulosos a tramar o que se transformou nessa Ação Penal completamente diversa do que realmente ocorreu.
Se a Reforma Política tivesse sido implantada, hoje não teríamos esse processo, pois não precisaríamos do caixa 2 para ajudar os partidos aliados em suas dívidas de campanha.
A Reforma Agrária incomoda e muito os setores conservadores proprietários de latifúndios muitas vezes com terras completamente improdutivas.
Interesses foram contrariados e por isso estamos hoje vendo esse espetáculo judiciário em andamento.
Nada nos autos comprovam a culpabilidade de nossos companheiros, mas sobre eles pesa o anseio pela Reforma do Judiciário.
A mais Alta Corte do país e o judiciário de modo geral, salvo algumas exceções, tiveram seus interesses contrariados, e isso ficou claro quando os votos de Magistrados corporativistas, reacionários e indignos da função que ocupam, foram se desenhando e notadamente de vê que estão se vingando daqueles que são defensores da reforma urgente pela qual o judiciário tem que passar.
Então, esses magistrados se revestem de poderes e parcialidade julgando contra todas as leis vigentes no país, rasgando inclusive as garantias fundamentais descritas na nossa Constituição em nome de uma vingança torpe, aplicando o golpe branco e nos remetendo à reedição do golpe de 64.
Os magistrados não têm que ser corporativistas, dentre suas obrigações está a imparcialidade, e até agora dela se revestiram apenas alguns membros do STF.
Não cabe à justiça politizar um processo e muito menos julgar contra os interesses de toda uma nação que anseia por mudanças em todas as instâncias do judiciário.
Cabe a esses magistrados cumprir rigorosamente a lei, o que não se vê desde as instâncias superiores até a justiça comum.
Esse não é o judiciário que sonhamos, idealizamos. O que queremos é um judiciário verdadeiramente independente.
Revisão: Alyda Sauer
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