sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Eu acuso o STF


Infelizmente eu não sou Émile Zola. Mas, acredito que a minha indignação como cidadão é a mesma que ele sentiu e manifestou em sua célebre carta que passou para a história sob o título de “J’Accuse”, quando se levantou contra a injusta e absurda condenação do oficial de artilharia Alfred Dreyfus à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, hoje, Caiena, acusado de espionar para a Alemanha, mas, na verdade, apenas vítima de anti-semitismo por ser judeu. Como Zola, eu acuso. Eu acuso um procurador inepto de ter apresentado uma acusação sem provas nem indícios, apenas para satisfazer seus mesquinhos desejos de vingança, apoiando os mesmos mesquinhos desejos de seus pares, de seus padrinhos e apadrinhados políticos que vêm sendo sucessivamente derrotados pela vontade popular. Não apenas acuso, mas o desafio a apresentar uma única prova efetiva, não imaginária, nem das mil e uma noites, nesse processo que o Partido da Imprensa Golpista chama de “mensalão”. Eu acuso o senhor Joaquim Barbosa de, contra todas as evidências, ter feito um relatório eivado de falsidades, baseado fundamentalmente na inexistência de provas para bramir condenação contra os acusados, inocentes ou não, havendo ou não indícios contra eles. Eu acuso esse mesmo senhor Joaquim Barbosa de, embora sendo negro, ter usado contra os acusados a Lei de Lynch, que ele conhece muito bem, e, pelo que eu sei, foi muito usada no Oeste Americano contra negros, escravos ou não. Eu acuso o senhor Joaquim Barbosa e seus asseclas Marco Aurélio e Gilmar Mendes, principalmente, não isentando os demais membros do que infelizmente é chamado de Supremo Tribunal Federal, de usarem um dispositivo do Direito Nazista para condenar sem provas nem indícios José Genoíno, José Dirceu, João Paulo e tantos outros, apenas pelo seu ódio ideológico ao Partido dos Trabalhadores, ao seu ódio ideológico contra quem lutou contra a ditadura que gente como Roberto Jefferson serviu como cão sabujo que é. Eu acuso esses elementos que ocupam hoje as cadeiras do Supremo Tribunal Federal de terem se utilizado do preceito querido pelo Direito Nazista de presunção da culpabilidade, quando o Direito Romano e, portanto, o Direito praticado no Brasil, só admite a presunção de inocência. Eu acuso esses elementos que ocupam hoje as cadeiras do Supremo Tribunal Federal de terem desonrado a Justiça Brasileira por interesses menores. E peço a todos os cidadãos brasileiros justos e de caráter que, indignados como eu, se juntem a mim e protestem contra a iniquidade que está sendo perpetrada com essas condenações. Brasília, 25 de outubro de 2012.
Antonio Fernando Bueno Marcelo

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