segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Gurgel no banco dos réus, porque o “mensalão” é uma farsa


 
O conselheiro Luiz Moreira, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), está muito desconfiado de que o ex-procurador-geral da República, Roberto Gurgel, atuava com parcialidade e cometia, reiteradamente, o crime de prevaricação. Luiz Moreira tem várias razões para considerar que as ações da Gurgel à frente da PGR não foram isentas e republicanas, bem como não primaram pelo sentimento de justiça, tão comum a qualquer cidadão que tenha discernimento sobre o que o rodeia para, enfim, formar opinião sobre os acontecimentos e as realidades que se apresentam.

 
Luiz Moreira tem consciência do que ocorreu na administração Roberto Gurgel como chefe da PGR, mas como é um homem que ocupa cargo e executa função em órgão tão importante como o CNMP, talvez ele não queira afirmar, por exemplo, que o procurador-geral Gurgel cometeu prevaricações e transformou a Procuradoria em um partido político de direita e voltado a combater o Governo trabalhista do PT, bem como o ex-presidente Lula, alvo constante de tal procurador, que teve suas intenções políticas negadas pelos juízes do STF quanto a querer investigar desprovido de quaisquer provas o presidente mais popular da história do Brasil.

 
Roberto Gurgel continuou a caminhar por veredas tortuosas e acusou, sem dar trégua, personalidades históricas do Partido dos Trabalhadores, a exemplo de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, que estão a cumprir penas em presídio, pois acusados de desviar dinheiro público para o caixa dois do PT, além de serem considerados formadores de quadrilha, o que nunca ocorreu, e por isto tal julgamento de caráter midiático se transformou em um dos maiores absurdos jurídicos que se tem notícia na historiografia do Ministério Público Federal e do STF.

 
Acusações e, posteriormente, prisões sem provas contundentes, baseadas em “provas tênues”, como se referiu o próprio Roberto Gurgel no STF sobre a culpabilidade de José Dirceu, além de o julgamento dos juízes conservadores e políticos do Supremo ter sido uma farsa, porque efetivado por intermédio da teoria do domínio do fato, desenvolvida pelo jurista alemão Claus Roxin.

 
Roxin argumentou que no caso de José Dirceu tal teoria é improcedente, porque não ficou comprovado, de maneira nenhuma, que ocupar uma posição de destaque ou de mando fundamente o domínio do fato, ou seja, que a autoridade “tem de saber” ou “deveria saber” dos malfeitos e por isso sua culpa é comprovada, pois responsável pelo dolo. Absurdo dos absurdos, porque o cidadão que vive em um País que vive em pleno estado democrático de direito para ser acusado, julgado e condenado tem de ser comprovado que ele realmente cometeu crimes ou deu ordem a terceiros para cometê-los, o que, sem sombra de dúvida, não é o caso de José Dirceu e muito menos de José Genoíno.

 
Contudo, a pressão das mídias corporativas controladas pelos magnatas bilionários da imprensa de negócios privados mexeu com os egos de muitos dos juízes do STF, que passaram a realizar um verdadeiro show, pois sabedores que sites como o G1 (Globo) e o UOL (Folha), além de emissoras, a exemplo da Globo News, estavam a repercutir ao vivo o julgamento do “mensalão”, o do PT, porque o do DEM e o do PSDB deverão ser julgados, pelo o andar da carruagem, no Dia de São Nunca.

 
O STF e a PGR são, antes de qualquer coisa, instituições políticas controladas pelas oligarquias deste País. Atualmente, são os principais instrumentos desse grupo dominante para fazerem oposição primeiramente ao Governo Lula e agora ao Governo Dilma Rousseff. A burguesia foi derrotada três vezes pelos trabalhistas e socialistas do PT e do PC do B, e, consequentemente, o STF e a PGR passaram a ser considerados a salvação da lavoura da direita brasileira, tanto a partidária retratada no PSDB e no DEM quanto a midiática, propriedade de meia dúzia de famílias, que tem as Organizações(?) Globo à frente de uma campanha sistemática contra os governantes trabalhistas.

 
A direita percebeu que derrotar a presidenta Dilma Rousseff nas próximas eleições vai ser quase impossível, porque os magnatas bilionários da imprensa e seus bate-paus de penas alugadas, mas vazios de compreensão sobre as mudanças acontecidas no Brasil ao tempo de 11 anos, perceberam que a velha mídia de caráter venal não é mais, e há muito tempo, formadora de opinião. Até porque milhões de brasileiros têm a perfeita compreensão e conhecimento de que existem outras fontes de informação mais fidedignas e que mostram, sem quaisquer resquícios de medos, quem são os donos da imprensa burguesa e quais são seus verdadeiros interesses políticos e econômicos. Ponto.

 
As oligarquias brasileiras inquilinas da Casa Grande não conseguem conviver com a democracia e a consciência do povo brasileiro sobre seus direitos. Os avanços nos governos trabalhistas de Lula e de Dilma são gigantescos e quando esse tempo passar essas administrações vão ser estudadas isentas de paixões e rivalidades, como o fazem os jornais e as revistas da imprensa de mercado, que manipulam a verdade e distorcem as realidades quando não apelam para a mentira, o que, sobremaneira, é uma conduta infame, porque alienadora, criminosa e que visa favorecer grupos econômicos e políticos ligados a burguesia deste País.

 
Voltemos ao conselheiro Luiz Moreira, do CNMP. Ele “desconfia” das ações de Roberto Gurgel, pessoa a qual considero figura nefasta aos direitos civis e à Constituição, bem como foi o procurador-geral que, de forma inadvertida e inconseqüente, transformou a PGR em um instrumento político e partidário de combate aos governantes trabalhistas, ao programa e projeto de País do PT e de seus aliados aprovados pelo povo brasileiro nas últimas três eleições presidenciais, além de prevaricar em vários casos em que empresários e políticos oposicionistas estiveram envolvidos, mas que Gurgel, um homem de direita e da direita, segurou, engavetou e deixou mofar os processos que poderiam prejudicar seus aliados ideológicos, políticos e partidários.

 
Roberto Gurgel, dentre todos os procurados que chefiaram a PGR, foi o mais emblemático no que é relativo a fazer política e a combater seus adversários ideológicos. Só que ele não tinha um único voto popular para atuar dessa maneira irresponsável, pois servidor público de carreira, nomeado e, por seu turno, devedor de suas obrigações que é defender os interesses do povo brasileiro e não fazer política rasteira, conservadora e a prevaricar, porque engavetou durante anos processos da importância do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que atingiu seu aliado do DEM, o senador cassado, Demóstenes Torres.

 
Gurgel foi além dos seus limites. Provocou o Congresso e tentou desestabilizar o Governo Federal, porque montou armadilhas contra aqueles que ele considerava seus adversários políticos, bem como opositores aos tucanos e aos políticos do DEM, o pior partido do mundo e legítimo herdeiro da escravidão e da ditadura militar. Tentou em vão prender José Dirceu no fim de 2012, antes do Natal, mas não teve o apoio do juiz Joaquim Barbosa, relator do “mensalão” do PT, porque o dinheiro da Visanet (atual Cielo), uma empresa privada, era legal, com dinheiro transferido mediante à comprovação de recibos e, por sua vez, isento de quaisquer ilegalidades.

 
Somente juízes com os perfis políticos e ideológicos conservadores de Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello e, não podemos esquecer de Rosa Weber, dentre outros, para comentar negativamente sobre pessoas que seriam ainda julgadas e suas vidas para sempre mudadas, a ter como princípio o sofrimento e a humilhação pública, como são os casos de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, que, em momento algum, mesmo quando presos, foram poupados por uma imprensa corrupta, golpista, devedora do Erário Público, vocacionada ao show e que deveria há muito tempo ter seus donos julgados duramente, a começar pelo apoio à ditadura militar, que perseguiu, prendeu, torturou, exilou e matou seus adversários políticos.

 
A juíza Rosa Weber disse ao votar: Não tenho prova cabal contra Dirceu, mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”.Assombrosa a assertiva de Vossa Excelência, não? São notáveis os nossos notáveis a serviço das oligarquias. Juízes têm lado, classe social, ideologia, preferências partidárias e, sobretudo, juízes neste País são geralmente burgueses e como tais se comportam e se conduzem.

 
Novamente volto a afirmar: o Judiciário e a PGR, entre outros setores do Estado Nacional, são as últimas cidadelas das oligarquias brasileiras, que com o tempo e o fortalecimento da democracia do Brasil vão ter de se democratizar e passar a trabalhar para toda a sociedade e não mais para os grupos políticos e empresariais de direita, como sempre o fizeram através dos séculos.

 
Roberto Gurgel tem de ser questionado e investigado pelo CNMP. Ele atuou durante anos à frente da PGR como político, porta-voz e executor dos interesses da Casa Grande. Mais do que isto: exerceu sua função como capitão do mato e, o pior de tudo, mostrou-se injusto, direito este que um procurador-geral da República não tem, não deve ter e se tiver tem de ser duramente questionado por causa da importância de seu cargo e da notoriedade que as ações executadas por tal autoridade têm perante o público.

 
Um procurador que abusa do poder é mais perigoso do que qualquer criminoso que, porventura, cometa suas delinqüências, pois coloca em xeque o estado democrático de direito. Gurgel prevaricou! Ponto. O conselheiro Luiz Moreira só não vocaliza tal frase porque está a investigar e por causa disso não pode, por enquanto, fazer tais afirmativas ou juízo de valor, como sempre fizeram, mesmo a julgar pessoas ainda não penitenciadas, o ex-procurador Gurgel e os juízes Luiz Fux, Marco Aurélio de Mello, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. É verdade ou não é? Basta o leitor pensar para ponderar.
 
Ives Gandra Martins, jurista de posições conservadoras e conhecido oposicionista ideológico ao PT afirmou à igualmente direitista Folha de S. Paulo: “José Dirceu foi condenado sem provas, e que a adoção de tal teoria cria uma insegurança jurídica monumental no ordenamento jurídico brasileiro”. Algo similar afirmou o ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, politicamente conservador e advogado de renome: “Alteraram-se visões jurisprudenciais remansosas e de longa maturação. Não houve preservação da imagem de nenhum denunciado. Como nos antigos juízos medievais, foram expostos à execração pública. O silêncio a respeito foi unânime. O princípio da publicidade foi levado ao extremo. Esta transparência permitiu, inclusive, a captação de conflitos verbais entre magistrados”.
 
Enquanto isso a imprensa alienígena e historicamente golpista fazia seu show e, por intermédio por uma enorme mentira, considerava o “mensalão”, somente o do PT, o maior escândalo da história do Brasil, sendo que apenas uma sonegação da Rede Globo, no que é relativo à Copa do Mundo de 2002, conforme a Receita Federal, supera a quantia “incontável” do R$ 1 bilhão, acrescidos de juros e correção monetária. Lembro ainda os casos Alstom e Siemens, que superam também o R$ 1 bilhão e que estão envolvidos os tucanos de alta penugem de São Paulo, a começar pelos governadores Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. Vinte anos de corrupção e até hoje essas pessoas do PSDB não foram julgadas.
 
É assim que a banda toca no Judiciário e na PGR até o mandato de Roberto Gurgel, o mais político dos procuradores-gerais. Gurgel é acusado de prevaricar mais uma vez, no que tange à denúncia contra a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, e ao presidente do DEM, Agripino Maia, primo do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia. Eles são acusados de financiamento ilegal de campanha política. Só não sei se a Globo e a Globo News vão dizer, aos quatro cantos, se tal escândalo é o maior do mundo ou do Brasil, bem como se vão se calar quando são tratados os malfeitos de seus aliados.

 
A denúncia chegou à PGR em 2009 e enquanto Roberto Gurgel esteve no comando da Procuradoria o caso nunca saiu das gavetas da instituição que deveria ser republicana, porque a lei, segunda a Constituição, serve para todos os cidadãos. Talvez alguns juízes e procuradores não reconheçam essa realidade e por isso vedam os olhos, calam a boca e tapam os ouvidos. E assim são as coisas. Nem sempre pau que bate em Chico bate também em Francisco quando a PGR e o STF são compostos por alguns membros que não consideram o republicanismo.

 
Citei apenas dois casos neste artigo, o do bicheiro Carlinhos Cachoeira, sócio, editor e pauteiro da Veja e da Época, e do Agripino Maia e Rosalba Ciarlini. Todavia, Roberto Gurgel engavetou inúmeros casos em que empresários, autoridades públicas e servidores estão envolvidos. Em contrapartida, soltou seus pit bulls contra os políticos e militantes do PT, que se devem à sociedade têm de pagar pelos seus erros. Sem sombra de dúvida.

 
Entretanto, as culpas dos petistas não foram até hoje comprovadas, conforme rezam os autos dos processos e as provas de que o “mensalão” de Roberto Gurgel, de Joaquim Barbosa e da imprensa de mercado, propriedade dos magnatas bilionários foi e é a maior farsa e fraude da história da República e do Brasil. Gurgel tem de se reportar ao CNMP. Só não sei se a Globo vai concordar. É isso aí.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ZD E DELUBIO SEM REGALIAS: DESMENTINDO REPORCAGEM DO "O GLOBO"


A notícia veiculada no jornal "O Globo" dizendo que três juízes da Vara de Execuções Penais (VEP) pediram afastamento porque desde que José Genoíno, José Dirceu e Delubio Soares foram para o Presídio da Papuda o sistema carcerário virou um caos, é na verdade mais uma tentativa da imprensa jogar a população carcerária que tem acesso à televisão se revolte realmente. José Dirceu e Delubio Soares que estão no presídio da Papuda não têm regalia alguma. Eles estão num regime mais gravoso do que foram condenados, ou seja, não tem direito a trabalhar, nem acesso à biblioteca, nem estudando estão como os demais apenados do regime semi-aberto. Os apenados do regime semi-aberto são testemunhas disso, ocorre que é um complexo penitenciário e os outros estão em pavilhões diferentes e só tem acesso ao que a grande mídia noticia, podem ser manipulados por essa. O que a imprensa quer é que isso ocorra de fato, pois, em nenhuma das vezes que houve rebelião em quaisquer dos presídios do país, foi noticiado que eles estavam planejando isso. Ninguém que queira fazer uma rebelião vai noticiar na grande mídia antes de fazê-lo ou corre-se o risco dela ser reprimida. Então, algo de muito estranho está sendo noticiado. É uma vergonha que a justiça brasileira, como vem fazendo em relação à AP470, noticiam à imprensa primeiro, antes de tomarem atitudes. Isso ocorreu durante a prisão deles, pois o relator, avisou à imprensa, sem antes mandar a guia ou a carta de sentença e quando eles chegaram à PF esta não sabia o que fazer, pois não tinha recebido nada do Supremo Federal. O que temos visto é uma inversão da ordem. Essa notícia é tão verdadeira quanto a que eles tem regalias. Isso é a maior mentira

sábado, 14 de dezembro de 2013

JOSÉ DIRCEU FOI CONDENADO E É PERSEGUIDO E LINCHADO POR SER JOSÉ DIRCEU


Há 8 anos temos denunciado o golpe orquestrado por um político mentiroso e inconsequente em conluio com o MPF, o JB e a mídia cínica.
Nesses 8 anos aconteceram muitas coisas que precisamos reprisar para aqueles que só se informam pela grande mídia saibam como as coisas se deram.
Em 2005 Roberto Jefferson denunciou um suposto esquema de compra de votos pelo PT. Mentira deslavada. Roberto Jefferson teve o mandado cassado na Câmara por ter mentido sobre isso.
E nosso companheiro José Dirceu foi cassado porque falou a verdade. Provou que era inocente e, apesar do RJ ter mentido, a sanha de tirá-lo da vida política, a opressão intensa da mídia e o desvio de caráter de congressistas cassaram seu mandato de deputado, apenas por ser José Dirceu
José Dirceu, foi cassado sem provas e condenado sem julgamento.
Perseguido pela grande mídia, José Dirceu foi alvo sem cessar de atitudes antidemocráticas, sabotado no seu direito de trabalhar dentro de nosso país, invasão de privacidade, enfim, tudo que ele fazia, qualquer passo a mídia estava lá para condená-lo sem julgamento, apenas por ser José Dirceu.
José Dirceu abriu seus sigilos telefônico, bancário e fiscal para a investigação. Devassaram tudo e nada encontraram. Não encontraram porque ele não fez nada do que estava sendo acusado.
Causa-me espécie que o Ministro Joaquim Barbosa, hoje ninguém mais toca no assunto, ficou muito tempo de licença (em 3 anos trabalhou somente 9 meses) tenha estudado à fundo um processo de 50 mil folhas se não teve o tempo necessário para tanto. Muito estranho isso!
Se não teve tempo para análise necessária dos autos, ele se baseou unica e exclusivamente na denúncia do MPF. Essa denúncia, como ficou comprovado nas alegações finais diz ipsi litteris que não há provas contra José Dirceu, mas que ele seja condenado para que "sirva de exemplo" à nação. Quer dizer, exemplaridade agora é meio de condenação, por ele ser José Dirceu.
Do começo ao fim, desde a denúncia de Roberto Jefferson, o que se viu foi a condenação de José Dirceu somente por ele ser José Dirceu.
Começado com espetacularização sem precedentes, o julgamento televisionado como nenhum outro, o que se viu foi a sanha condenatória.
O comportamento de Joaquim Barbosa, que se portou como acusador e não como magistrado imparcial que deveria ser, mostra o caráter desse julgamento de exceção.
O pior é que tem gente acreditando que a justiça é democrática e que a instituição saiu da ditadura. 
Mentira. Esse STF continua o mesmo que julgou, condenou e entregou Olga Benario para morrer nas mãos dos nazistas.
Esse julgamento teve de tudo, desde os arroubos de um perfeito déspota que é Joaquim Barbosa, até o (a)fundamento da Ministra Rosa Weber que em seu voto disse: "Não há nos autos provas cabais, mas, condeno José Dirceu porque a literatura me permite".
Se não há provas, como disseram o MPF desde a denúncia até o dia do julgamento, os ministros que votaram à favor e mais a Ministra Rosa Weber, condenaram José Dirceu apenas por ele ser José Dirceu.
Joaquim Barbosa foi mais longe, usou a Teoria do Domínio do Fato, feita para condenação de nazistas e difundida por Claus Roxin, que afirmou que esta foi mal utilizada pelo STF, para que José Dirceu fosse condenado apenas por ser José Dirceu.
Não satisfeito com a condenação, Joaquim Barbosa, trabalhou feito um louco em pleno feriado da Proclamação da República para que fosse expedido mandado de prisão sem guia e muito menos sem carta de sentença porque o processo não transitou em julgado, para que o Brasil e o mundo visse José Dirceu algemado, apenas por ser José Dirceu.
Ele cometeu um erro gravíssimo, avisou à imprensa e esqueceu de avisar à Polícia Federal. Resumindo, José Dirceu se entregou, mas, não havia nada na PF.
Joaquim Barbosa que se diz um homem zeloso do dinheiro público, gastou no mínimo 5 mil litros de combustível para um desfile de 17 horas com direito a paradas em outros estados até chegar ao Distrito Federal apenas para que fosse satisfeita sua egolatria e a vontade dever seu feito noticiado pela grande mídia.
José Dirceu ficou no regime fechado e o colocaram no semi-aberto, que nada tem de semi-aberto, eis que está numa cela sem direito nem de ir à biblioteca, direito esse que todos os outros apenados tem, apenas para satisfazer a vontade do todo poderoso Joaquim Barbosa, por ser José Dirceu.
Do começo ao meio fim (ainda não terminou) Joaquim Barbosa tem cometido erros jurídicos sem precedentes: revogou garantias constitucionais, direitos individuais e troca juiz em acordo com o TJ-DF para que se desrespeite o Estatuto do Idoso para negar mais uma vez os direitos aos quais José Dirceu tem e a imprensa noticie do jeito dela, ou seja, sempre contra, apenas por ser José Dirceu.
A grande mídia noticia que José Dirceu tem sido beneficiado. Mentira!
Ele está condenado a cumprir sua sentença em regime muito mais gravoso do que aquele contido no mandado e no transito em julgado parcial (inovação barbosiana com aval dos outros ministros) apenas por ser José Dirceu.
O STF julgou, condenou, expôs à grande mídia as mentiras e agora lincha José Dirceu dentro do presídio, sem que ele possa mais uma vez se defender, apenas por ele ser José Dirceu.
É muito difícil ser José Dirceu num país que se acha democrático, mas, que tem uma justiça fascista que condena um homem por ser José Dirceu.

domingo, 17 de novembro de 2013

PORQUE A DIREITA ODEIA TANTO ZÉ DIRCEU?



POR QUE A DIREITA ODEIA TANTO ZÉ DIRCEU?



Por que Zé Dirceu é tão odiado pela direita?

Ele é ainda mais odiado que Lula, o que não é pouco.

Tenho minha tese.

De Lula era esperado, mesmo, que estivesse do lado oposto ao da direita. Operário, nordestino, nove dedos, pouca oportunidade de estudar.

Seria uma aberração Lula se alinhar ao 1%, para usar a grande terminologia do movimento Ocupe Wall Street.

Mas Dirceu não.

Ele tinha todos os atributos para figurar no 1% que fez o país ser o que é, um dos campeões mundiais de iniquidade, a terra das poucas mansões e das tantas favelas.

Articulado, inteligente, dado a leituras. Bem apessoado. Na ótica do 1%, pessoas como Zé Dirceu são catalogadas como traidoras, e devem ser punidas exemplarmente para que outras do mesmo gênero, ou se preferirem da mesma classe, não sigam seu exemplo.

Na França revolucionária, a aristocracia entendia que os Marats, os Desmoullins, os Héberts  pregassem a morte do velho regime, mas jamais conseguiu compreender o que levou o Duque de Orleans a também lutar pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade.

O 1% brasileiro, na história recente, soube sempre atrair equivalentes a Dirceu. Carlos Lacerda, por exemplo, era de esquerda na juventude.

Depois, se tornou um direitista fanático. Segundo relatos de quem o conheceu, ele se cansou da vida dura reservada aos esquerdistas em seus dias e foi para onde o dinheiro estava.

O 1% recompensa bem. Nos dias de hoje, se você defende os privilégios, acaba falando na CBN, aparecendo em entrevistas na Globonews, tendo coluna em jornais e revistas, dando palestras muito bem pagas. E, com a carteira abastecida, ainda pode posar de ‘corajoso’ defensor da ‘imprensa livre’.

Dirceu não fez a trajetória de Lacerda. Não abjurou suas crenças.

E então virou o demônio.

Quem o demonizou foram exatamente aqueles que o adulariam se ele se vendesse. A imagem que a mídia construiu de Zé Dirceu concentrou num único homem todos os defeitos possíveis: vaidoso, arrogante, corrupto, inescrupuloso, maquiavélico.

Um monstro, enfim.

Pegou essa imagem? Menos do que o 1% gostaria, provavelmente. Quem não se lembra de Serra, num debate com Haddad, repetidas vezes tentar encurralar seu oponente com a acusação de que era “amigo do Dirceu”?

Haddad reconheceu tranquilamente a amizade, e quem terminou eleito não foi Serra.

Na mídia tradicional, a campanha contra Dirceu desconhece limites jornalísticos e, pior que isso, legais.

Um repórter tenta invadir criminosamente o quarto do hotel que ele ocupa, e ainda assim é Dirceu que aparece como o vilão do caso.

Quem conhece o Dirceu real, com seus defeitos e virtudes, grandezas e misérias, são aqueles poucos de seu círculo íntimo. Para eles não faz efeito o noticiário que o sataniza. (Caso interesse a alguém, nunca votei em Dirceu e não o conheço pessoalmente.)

De resto, esse noticiário – ou propaganda – não é feito para eles, mas para os chamados ‘inocentes úteis’, aqueles que em outras épocas acreditaram no “Mar de Lama” de Getúlio Vargas ou no “perigo comunista” representado por João Goulart.

É a imagem demoníaca de Dirceu construída pela mídia que, nestes dias, é utilizada pela maioria dos juízes do Supremo no julgamento do Mensalão.

Não chega a ser surpresa. A justiça brasileira tradicionalmente foi uma extensão do 1%.

Estudiosos já notaram a diferença da atuação da justiça no Brasil e na Argentina na época das duas ditaduras militares.

No Brasil, a justiça foi servil aos militares. Na Argentina, a justiça desafiou frequentemente os militares ao declarar inocentes muitos acusados de “subversivos”.

Isso acabou levando os militares argentinos a simplesmente matar milhares de opositores sem que fossem julgados.

Fundamentalmente, Dirceu paga o preço de sua opção teimosa pelo 99%.

Mas quem vai julgá-lo perante a história não é o 1%, representado por uma mídia que defende seus próprios privilégios e finge se bater pelo interesse público. E nem uma corte em cuja história a tradição é o alinhamento alegremente pomposo com o 1%.

Ele deve saber disso, e imagino que isso o conforte em horas duras como esta.
Fonte: Diário do Centro do Mundo e Conversa Afiada

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O TRÂNSITO EM JULGADO, A SANHA ANTI-PETISTA DA CONDENAÇÃO E OS PRESOS POLÍTICOS DA DEMOCRACIA

Só ocorre to trânsito em julgado em ação penal quando não há mais possibilidade de recursos no processo.

Então, se num processo há vários réus, somente produzirá efeitos a sentença ou acórdão quando o transitar em julgado para todos os réus. 

Não existe processo julgado por partes, sentença ou acórdão produzindo efeitos por partes, isso é invencionice jurídica. 

Essa invencionice veiculada nos meios de comunicação é para dar voz à sanha de condenar que o MPF e alguns ministros do STF e só se tem notícia disso na AP470.

Todos os ensinamentos jurídicos assim como as leis nacionais, as alienígenas e os pactos internacionais foram ignorados nessa ação.

Um julgamento que começa condenando sem provas porque a literatura jurídica o permite, não pode ser levado à serio.

A justiça no Brasil não é levada à sério há muito tempo, se é que algum dia alguém acreditou nela.

Utilizaram teoria do direito penal alemão, do jurista Claus Roxin, o Domínio do Fato, adaptando-a de acordo com os interesses políticos-jurídicos do MPF e do Relator, a oposição e a mídia.

Ocultam provas que anulariam todo o processo e assim vai caminhando a justiça.

Quer dizer, companheiros serão presos, hoje ou um pouco mais adiante. Estão sendo sacrificados para que o país continue mudando. 

Foram presos políticos na ditadura e agora serão presos políticos na democracia.

Quantos companheiros precisarão ir para o sacrifício para conter a sanha anti-petista da oposição?

A fragilidade desse julgamento mentiroso do começo ao fim, teve um só intuito: o de varrer o PT para fora do cenário político.

Isso não conseguiram, mas, levaram consigo nossos quadros importantes para o sacrifício em prol dos excluídos do país. 

Hoje são esses que defendemos há 8 anos, amanhã, quem será? Quem viver verá!

Abaixo tem um vídeo esclarecedor do Dr. Marthius Sávio Cavalcante Lobato em entrevista à TV SINDIPETRO Bahia: 




O Dr. Sávio destacou: "...nós temos provas robustas, fortes e que sequer foram contestadas pelo Ministério Público e que sequer foram contestadas nos votos dos ministros, por que eles se negam a citar (= analisar) as provas ..."

Mais adiante ele acrescenta: "... eu estou fazendo o meu segundo embargo de declaração, pedindo que eles falem de documentos que estão nos autos que demonstram a inveracidade das afirmações da denúncia e eles não analisam ..."


Fonte Vídeo e Texto Dr. Sávio: http://www.megacidadania.com.br/

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

AP 470 (MENSALÃO) UM JULGAMENTO MEDIEVAL


A edição de dezembro de Retrato do Brasil será um número especial de cerca de 100 páginas sobre o chamado “mensalão” (AP 470). Nela, a revista republicará a série de grandes reportagens que fez sobre o assunto ao longo dos últimos dois anos. E, em um ensaio de abertura e num índice com o histórico do desenvolvimento dessas investigações, procurará responder a duas questões que têm intrigado muitos de nossos leitores:



1) Como chegamos à conclusão de que o pilar da acusação contra os chamados “mensaleiros” é um suposto desvio de 73,8 milhões de reais do Banco do Brasil que, como apontamos em nossas matérias, não existe? 
2) Por que, embora defendidos por alguns dos maiores advogados criminalistas do País, os acusados não organizaram sua defesa de modo a denunciar esse absurdo julgamento de tipo medieval, ao fim do qual podem acabar condenados por um crime cuja materialidade não foi comprovada?

Ao mesmo tempo, neste mês, Retrato do Brasil procura dar início a um esforço de reorganizar seus trabalhos jornalísticos com vistas a ampliar o número de seus colaboradores. Com esse objetivo, vamos procurar criar uma rede de discussão de nossas pautas mensais que se estenda além do núcleo de redação da revista, hoje formado por não mais de uma quinzena de profissionais, entre trabalhadores de tempo integral e colaboradores.

Achamos então que a elaboração do ensaio para RB de dezembro é uma oportunidade para convidar esses eventuais novos colaboradores. Com esse propósito, divulgamos nossos planos iniciais para o ensaio que incluem: 

 recapitular o contexto no qual o mensalão se desenvolveu;

 mostrar o enorme impacto que as revelações sobre o esquema de distribuição clandestina de dinheiro efetivamente realizada pelo PT tiveram sobre os petistas e seus diversos tipos de apoiadores; 

 mostrar as implicações, na história do mensalão, do caminho que o partido escolheu para governar após ter abandonado o movimento “Fora FHC” em 1999 e ter escrito a Carta ao Povo Brasileiro em 2002;

 mostrar as repercussões das lutas internas do partido na definição da sua estratégia de defesa quando as acusações do mensalão surgiram;

 destacar o papel decisivo da grande mídia conservadora na criação da chamada opinião pública e na caracterização do mensalão como um crime de desvio de dinheiro público;

 e, finalmente, tentar explicar porque, a despeito das enormes possibilidades criadas para a divulgação de informações alternativas pela internet, não houve uma resposta do partido no poder no sentido de fazer prevalecer um fato tão básico como o de que não houve desvio de dinheiro público.

Abaixo, vídeo didático divulgado no mês passado, com narração do escritor e jornalista Fernando Morais. Nele, um apanhado da investigação de Retrato do Brasil. 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Márcio Chaer: A era da vingança

Na Roma antiga, o povo apreciava furiosamente duelos sangrentos, gentes devoradas por leões. Ainda hoje, multidões lotam estádios para ver mulheres acusadas de adultério serem apedrejadas até a morte.

No Brasil, sem lapidação nem duelos --quando não há jogos importantes na TV--, a mesma torcida excita-se com casos como o do mensalão.
Vive-se a era da vingança. Quem um dia se sentiu chicoteado agora quer chicotear. Não importa de que campo se fale: sexual, ideológico, econômico, social ou racial.
O Judiciário, algumas vezes, entra de estraga-prazeres na festa, com o formalismo de exigir provas, o que adia ou inviabiliza os encarceramentos dos sonhos da galera.
Esta Folha distinguiu-se por ter parado para repensar a condenação antecipada dos mensaleiros. Mais ainda por sustentar a valente e explosiva tese, contrária ao senso comum, de que cadeia não reduz criminalidade nem resolve problemas sociais.
Mas foi mal ao atacar, em editorial, o ministro Celso de Mello, que reclamou, em entrevista à própria Folha, da publicidade opressiva usada para obrigá-lo a votar como queria a opinião pública. A pressão da qual o ministro reclamou foi concreta, factual e generalizada, como depois indicou Janio de Freitas. Mas o texto gerou ainda o artigo equivocado do professor da Fundação Getulio Vargas Diego Arguelhes.
Escorado no fato de que ministros atendem a imprensa quando procurados (e por que não?), partiu para a ficção. Disse que o ministro atuou com vedetismo e distribuiu pela internet trechos de voto não proferido e disponibilizou para a mídia, antes do fim da sessão, manifestação que acabara de fazer.
Os jornalistas que cercam os gabinetes do Supremo Tribunal Federal (STF) têm algo a dizer ao professor: o ministro não fez circular coisa alguma pela internet e a divulgação de votos apresentados é dever, não ato de vaidade do juiz.
A pedrada mais torta contra o decano do STF, porém, foi a ressurreição, por jornalistas da Folha, de uma fantasia criada pelo ex-ministro da Justiça Saulo Ramos, morto em abril. Na autobiografia, escrita de memória, vingou-se de quem o magoou em vida (vide a resenha "Lorotas a granel" na internet). Para "provar" que Celso de Mello não era imune à pressão da imprensa, citou caso em que o ministro teria mudado voto para ficar bem na foto.
Discutia-se a validade do novo domicílio eleitoral do ex-presidente José Sarney, que foi quem levou o ministro ao STF. Diz Saulo que Celso, "o último a votar no julgamento", telefonou-lhe para justificar por que seria contrário ao pedido: como a Folha anunciara que ele votaria a favor e a questão já fora decidida pelos outros dez ministros, sua posição não faria diferença. Inconformado, o memorialista escreve que disse um palavrão, bateu o telefone e jamais voltou a trocar palavra com o ministro.
Na vida real, Celso de Mello era o segundo mais novo ministro da corte. Portanto, um dos primeiros a votar. Seu voto foi enorme --desses que levam dias para preparar. Os arquivos da Folha não registram a notícia mencionada. E, por fim, o próprio Saulo relata, no mesmo livro, outros diálogos com Celso de Mello. Sete anos depois, no beija-mão do ministro em sua posse na presidência do STF, abraçou-o efusivo após Márcio Thomaz Bastos.
MÁRCIO CHAER, 58, é jornalista e diretor da revista eletrônica "Consultor Jurídico"

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/10/1353212-marcio-chaer-a-era-da-vinganca.shtml 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

JOSÉ DIRCEU: UM JULGAMENTO POLÍTICO


Um julgamento meramente político

Uma história de luta


Conhecido pela história de lutas que o fez um dos personagens mais importantes da política brasileira contemporânea, José Dirceu chegou à chefia da Casa Civil depois da aclamação popular que levou seu amigo e companheiro Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Nas mesmas eleições, José Dirceu se reelegeu como deputado federal por São Paulo com a segunda maior votação do país.
A força desses dois representantes do Partido dos Trabalhadores fez crescer entre os adversários o desejo de abalar, de qualquer forma, o crescimento de um projeto em prol do povo brasileiro.
A oportunidade vislumbrada pelos opositores do PT surgiu por meio de denúncias vazias e sem provas do então presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ). Diante das acusações que caiam sobre o partido e ele próprio, após seu afilhado político Maurício Marinho ser flagrado recebendo propina e trazendo à tona um esquema de desvio de dinheiro público, Jefferson tentou tirar o foco sobre si ao fazer ataques a José Dirceu e ao Partido dos Trabalhadores.
O depoimento de Jefferson no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, em junho de 2005, foi a única peça acusatória  sobre um possível envolvimento do ex-ministro com o chamado “mensalão”, um suposto esquema de pagamento a parlamentares para votarem com o Governo. Apesar dos envolvidos terem negado qualquer participação de José Dirceu, foi essa a única “prova” em que os deputados se basearam para cassar o petista. De forma contraditória, Jefferson teve seu mandato cassado justamente por não ter conseguido provar as acusações que fez.
O processo conduzido pelo relator no Conselho de Ética, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), não deu chances à ampla defesa e visivelmente atendeu a pressões políticas para que José Dirceu fosse cassado.
A seguir, os principais equívocos e contradições do relatório que recomendou a cassação de José Dirceu:

Não exercia o mandato

De acordo com o relator, o deputado José Dirceu praticou atos que “fraudaram o regular andamento dos trabalhos legislativos, visando à alteração do resultado das deliberações configurativas de atos incompatíveis com o decoro parlamentar”. Os atos teriam sido praticados “enquanto licenciado dessa Casa para exercer as funções do cargo de ministro-chefe da Casa Civil do presidente da República”.
Dessa forma, os atos atribuídos a José Dirceu teriam ocorrido fora do exercício do mandato de deputado federal, do qual estava licenciado. Conseqüentemente, se tivessem realmente ocorrido, estariam sujeitos ao controle administrativo ou judicial, mas nunca ao juízo político da quebra do decoro parlamentar, que pressupõe o exercício do mandato, realizado na Câmara dos Deputados.

Acusações levianas

O relatório não indica quais trabalhos legislativos foram irregulares, nem quais votações foram manipuladas. Limita-se a mencionar que o publicitário Marcos Valério e sua mulher, Renilda Santiago, afirmaram em depoimentos à CPI dos Correios que Dirceu e Delúbio Soares, à época secretário de Finanças do PT, teriam levantado fundos no Banco Rural e no BMG para pagar parlamentares que votassem a favor do Governo.
Não é dito, entretanto, quais parlamentares foram favorecidos e quais votações foram viciadas. Não há nenhuma prova. A acusação é leviana, uma vez que os envolvidos jamais fizeram tais afirmações. Segundo Marcos Valério e Delúbio, houve empréstimos feitos pelo PT, a partir de fevereiro de 2003, nas instituições bancárias para quitar despesas de campanha eleitoral. Marcos Valério disse que Delúbio havia dito que José Dirceu sabia sobre as operações e teria participado de reuniões com representantes dos bancos. Mas em depoimento, Delúbio negou essa declaração e afirmou que em nenhum momento tratou dos empréstimos com o ex-ministro – que já havia se afastado das funções partidárias.

Banco Rural e BMG

O relatório indica que José Dirceu, quando exercia o cargo de ministro- chefe da Casa Civil, participou de reuniões com diretores dos dois bancos na presença de Marcos Valério, para discutir os empréstimos.
Foi ignorado o fato de representantes do BMG e do Banco Rural terem se manifestado sobre as reuniões mantidas com o ex-ministro. Ambas instituições negaram qualquer tipo de contato com José Dirceu para discutir empréstimos. O Banco Rural informou que participou de reunião para discutir a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco e que não se mencionou qualquer espécie de empréstimo e tampouco houve a presença de Marcos Valério. O BMG também afirmou que seus representantes nunca discutiram empréstimos com o ex-ministro.

Prova testemunhal

A representação não foi capaz de indicar nenhum documento que indique a participação, ciência ou anuência do ex-ministro nas alegadas irregularidades. Como elemento de prova contra outros acusados foi explorada, em alguns casos, a admissão de participação.
Da parte de José Dirceu não há confissão. Pelo contrário, o deputado esclareceu e repudiou todas as acusações lançadas, sem fugir um instante sequer do debate em prol da verdade. Lutou pelo direito de ser ouvido pelas CPMIs e de se defender, colocando-se à disposição para esclarecer quaisquer questionamentos.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

EM DEFESA DOS EMBARGOS INFRINGENTES

EM DEFESA DO RECEBIMENTO DOS EMBARGOS INFRINGENTES:

PACTO DE SAN JOSÉ PEDE ADMISSÃO DE INFRINGENTES
10/09/2013
Joaquim Pedro de Medeiros Rodrigues
Advogado em Brasília, integrante do escritório Oliveira Campos & Giori Advogados.
http://www.conjur.com.br/2013-set-10/joaquim-pedro-rodrigues-respeito-pacto-san-jose-admissao-infringentes

NÃO HOUVE REVOGAÇÃO DOS EMBARGOS INFRINGENTES NO STF
10/09/2013
Gabriel Ivo
Mestre e doutor pela PUC-SP, procurador do estado em Alagoas e professor da Universidade Federal de Alagoas.
http://www.conjur.com.br/2013-set-10/gabriel-ivo-nao-houve-revogacao-embargos-infringentes-stf

PRESSUPOSIÇÃO FUNDOU CONDENAÇÃO DE JOSÉ DIRCEU
09/09/2013
Celso Antônio Bandeira de Mello
Advogado e professor emérito da PUC-SP.
http://www.conjur.com.br/2013-set-09/bandeira-mello-pressuposicao-fundou-condenacao-jose-dirceu

STF: JURÍDICO X POLÍTICA, QUAL VENCERÁ?
09/09/2013
Jean Menezes de Aguiar
http://observatoriogeral.wordpress.com/2013/09/09/stf-juridico-x-politica-qual-vencera/

MENSALÃO, EMBARGOS INFRINGENTES E DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
05/09/2013
Luiz Flávio Gomes
Jurista e coeditor do portal atualidades do direito.com.br.
http://atualidadesdodireito.com.br/lfg/2013/09/05/mensalao-embargos-infringentes-e-duplo-grau-de-jurisdicao/?fb_action_ids=10200233722156424&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210200233722156424%22%3A562078220526120%7D&action_type_map=%7B%2210200233722156424%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

O SUPREMO E OS RECURSOS
04/09/2013
Helena Regina Lobo da Costa
Professora doutora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP)
http://www.airesadv.com.br/Default.aspx?Tabid=56&ItemID=524703

DÚVIDA SOBRE INFRINGENTES ELEVA INFLUÊNCIA POLÍTICA
04/09/2013
Wadih Damous e Ronaldo Cramer
Wadih Damous é conselheiro federal da OAB e ex-presidente da OAB-RJ. Ronaldo Cramer é advogado
http://www.conjur.com.br/2013-set-04/duvida-infringentes-contribui-elevar-influencia-politica

NEGAR RECURSOS É NEGAR APLICAÇÃO À CONSTITUIÇÃO
Heleno Taveira Torres
Advogado, professor e livre-docente de Direito Tributário da Faculdade de Direito da USP, e membro do Comitê Executivo da International Fiscal Association.
23/08/2013
http://www.conjur.com.br/2013-ago-23/heleno-torres-negar-recursos-negar-aplicacao-constituicao